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por Caio Pimenta

O que não te contaram sobre a beleza!

Em 30 segundos! Nós não somos igualmente belos. A beleza tem um forte impacto nas pessoas e consequentemente nas nossas vidas. A percepção de beleza está intrinsecamente ligada aos milhões de anos de evolução humana como uma forma de sobrevivência e reprodução. Nossa cultura amplia essa percepção e a torna mais complexa e mutável. Existem traços objetivos de atratividade e estratégias para realçar os seus.

Atenção: Este texto não tem como objetivo definir o que é belo ou feio. Muito menos ser uma crítica social à maneira que encaramos a beleza. A intenção é buscar compreender melhor o que ela é, como nos influencia e como podemos usar a nosso favor. Este texto possuí pouco juízo de valor e muito juízo de fato. O objetivo é que você tenha mais controle sobre sua imagem.

A beleza não é algo tangível, é uma percepção, um sentimento prazeroso que só existe na nossa cabeça. Desperta nossa curiosidade de maneira quase magnética. Tente se lembrar da última vez que esteve em um restaurante e uma pessoa muito bonita sentou-se na mesa da frente. Já notou o tanto que é difícil não olhar para ela? Você pode fazer um esforço consciente para evitar, mas do nada seu olhar está lá novamente. A verdade é que nós somos fortemente impactados pela beleza!

Hoje em dia esse tema gera muitos debates acalorados, como torcida de futebol. De um lado defendem que nosso conceito de beleza é puramente cultural e foi criado para oprimir as pessoas. Do outro, que a beleza é natural e não adianta lutar contra isso.

A beleza é cultural ou inata?

Se fosse puramente inata, o conceito de beleza ao longo dos anos seria estático. Como sabemos ele mudou e muda muito. Em alguns casos se tornou o exato oposto. Quem nunca escutou que no passado gordura era sinal de beleza?!

Isso também não quer dizer que é só cultural. Segundo um estudo inglês, bebês recém-nascidos tendem a olhar mais tempo para rostos considerados atrativos, principalmente as meninas. [1] Caso fosse, o resultado do estudo seria diferente. Visto que foi realizado com bebês de 1 a 7 dias de vida, sem nenhum contato com a sociedade.

A beleza é um misto dos dois! A genética, os milhões de anos de evolução, dão a base que nosso cérebro interpreta e se relaciona. A cultura constrói conceitos por cima disso. Conceitos influenciados por modismos, época e contextos socioeconômicos. Isso explica em parte como era definido o padrão de beleza em outras épocas. Em uma sociedade de caçadores e coletores, o homem com o físico mais desenvolvido tende a ser mais desejado pela sua capacidade de adquirir mais alimentos, dar proteção e fornecer bons genes. Já em uma sociedade com escassez calórica e trabalhos majoritariamente braçais, quem pode se dar ao luxo de comer muito, se movimentar pouco e consequentemente engordar? Somente os nobres, ricos e poderosos. Quem não gostaria de ser como um rei?!

A evolução moldou nossa percepção estética

“Beleza é uma experiência humana que está conosco por milhões de anos”

Ao longo de milhões de anos, nós, seres humanos, fomos aperfeiçoados para interagir com o nosso ambiente. Como a simetria é muito comum na fauna e na flora, ela se tornou extremamente familiar ao nosso cérebro. Nossa visão se desenvolveu para reconhecer padrões. Acessar essas informações ajudou nossos antepassados a avaliar o ambiente e reagir rapidamente.

Uma fruta deformada provavelmente não era muito nutritiva, podendo estar doente e até ser prejudicial. Já um cervo com chifres enormes e vistosos não. Um corpo e rosto simétrico tinha maior probabilidade de ser um parceiro de acasalamento fértil e saudável. Logo, reconhecer estes sinais de segurança e nutrição nos desencadeia sentimentos agradáveis. É bem possível que nosso senso de beleza venha daí.

Nós percebemos a beleza inconscientemente

Sabe aquela pintura famosa do Piet Mondrian dos quadrados coloridos? (para quem não lembrou, é a da imagem abaixo) Por mais que seu tio faça piada sobre como ele é capaz de fazer algo tão genial quanto, Mondrian utilizou como recurso a Razão de Ouro tão presente na natureza. E isso muda tudo!

The Style de Piet Mondrian

Foi feito um estudo científico onde os quadros do artista eram colocados ao lado de uma versão levemente modificada para perder as proporções originais. [2] Mostraram para leigos em arte para que dissessem com base em suas percepções qual era o original. A maioria dos participantes conseguiram acertar. Mesmo sem saber definir ou descrever o que é beleza, nós a reconhecemos quando a vemos.

O impacto da beleza em nossas vidas

É preciso reconhecer que nós não gostamos de monotonia. Lugares e arredores esteticamente prazerosos podem aumentar nosso bem-estar, nosso comportamento, funções cognitivas e humor. Uma simples ala de hospital melhor decorada é suficiente para ter um maior número de recuperações.

A beleza nos deixa felizes. Por deixar feliz a buscamos em todas as coisas, inclusive pessoas. Por isso a aparência de uma pessoa influencia nossa percepção sobre ela. Inclusive, crianças tendem a confiar mais em adultos considerados atrativos. [3]

Quase ninguém discorda que bebês bonitinhos são difíceis de ignorar. Existem evidências de que estes nenéns recebem mais atenção e mais sorrisos.[4] Já parou para pensar no impacto disso ao longo da vida? A criança que recebeu mais atenção se sentiu mais segura durante seu desenvolvimento. O que lhe deu mais liberdade para explorar o mundo, ousar e desenvolver sua criatividade. Os constantes sorrisos recebidos dos adultos reforçam seu valor, aumentam a autoconfiança e controle do seu ambiente. Não à toa, é possível notar uma correlação positiva entre aparência e salários mais altos. E negativa com endividamento. Costuma, também, caminhar junto com maiores índices de autoconfiança e educação. [5]

Você precisa tomar o controle da sua aparência

Justo ou não, vamos todos ser julgados consciente e inconscientemente pela nossa aparência. Como você vai lidar com isso? Existem algumas opções: não fazer nada e continuar vivendo sua vida como sempre, se ressentir e reclamar da desigualdade genética ou pegar as rédeas e usar esses conceitos a seu favor. Qual a sua escolha?

Se continuou a leitura creio que foi a última opção. Não temos como mudar nossa genética nem voltar atrás no passado, porém podemos cuidar do presente e melhorar o futuro. Lavar e proteger seu rosto, por exemplo, não traz benefícios perceptíveis hoje, mas grandes e notáveis daqui 10 anos. Não ignore o poder de um benefício acumulativo.

Antes de tomar alguma atitude, precisamos entender quais as características que influenciam a beleza masculina. Podemos condensá-la em seis categorias [6]:

  • Simetria: Se refere a um lado do seu rosto/corpo ser igual ao outro. É um indicador de saúde e boa genética. Pessoas com doenças respiratórias ao longo da vida raramente conseguem ter rostos simétricos, por exemplo.
  • Semelhança: É o quanto uma face é semelhante a maioria das outras faces na população. É possível que seja considerada atrativa por indicar maior diversidade genética.
  • Características sexuais secundárias: São as diferenças não relacionadas à reprodução entre os corpos masculinos e femininos em adultos maduros. Estas diferenças acontecem, em parte, pela ação de hormônios como a testosterona. Mandíbulas pronunciadas, maçã do rosto proeminente e bochechas finas são algumas das características que diferenciam a face dos homens às das mulheres.
  • Cor e saúde da pele: Não se refere aos fenótipos étnicos, mas sim o seu aspecto geral dentro de seu tom natural. Pessoas cansadas adquirem olheiras marcantes. As doentes uma pele esmaecida e opaca. A pele é um marcador particularmente útil da saúde atual de um indivíduo. A ideia é buscar cores mais vivas e homogêneas.
  • Traços associados à personalidade: Atratividade também é influenciada pelo: “socialmente desejável”. Pesquisas indicam a existência da expectativa que pessoas atrativas vivam vidas melhores. Que atinjam ocupações de maior prestígio, tenham casamentos bem-sucedidos e realização pessoal. Existe um estereótipo associado à beleza física, o famoso: “O que é bom é bonito”. Ou seja, o contexto em que vivemos dita se um traço é mais ou menos desejado.
  • Outros traços e fatores: São os outros traços como idade, peso, cor dos cabelos e olhos, pelos faciais, etc. Até semelhança consigo mesmo tem sua parcela na atração.

Vale lembrar que trabalhar essas características não garantem resultado, porém aumentam a probabilidade. Ao mesmo tempo que rostos semelhantes são considerados mais atrativos, os super atrativos costumam ser incomuns. Uma boa estratégia é avaliar como cada um pode te ajudar. Entender o que conversa bem com suas particularidades, melhora suas relações interpessoais e te ajuda com suas metas. E o principal, que te deixem confortável e confiante.

Cada uma das seis características podem ser melhoradas sem muito esforço ou procedimentos estéticos. É possível tornar o rosto mais simétrico entendendo os detalhes do seu e escolhendo melhores cortes de cabelo, barba e acessórios. O mesmo acontece com o corpo. Se você tem um ombro mais alto que o outro, pode corrigir visualmente ao usar uma roupa que amenize sua assimetria e destaque seus pontos positivos. Roupas sob medida são um bom começo, pois respeitam as particularidades do seu corpo e o tornam mais desejável.

A maneira que você se veste tem impacto na mensagem que está passando. Você pode passar impressão de vida equilibrada, sucesso e prestígio ao escolher determinados estilos de roupa. Um estilo despojado e elegante sem esforço é a epítome do estereótipo do herói moderno. Invista em roupas clássicas e de qualidade. Que adaptem ao seu dia a dia e, principalmente, te façam sentir bem.

Saúde da sua pele requer cuidado, mas é mais simples do que você imagina. Por isso criamos a série De Homem para Homem. Para caminhar contigo nesse processo de limpeza, proteção e hidratação do seu maior órgão. 

Nióbio existe para desenvolver roupas que te ajudem nessa caminhada e o Cápsula para agregar todo esse conteúdo de forma completa, simples e compacta. Assine nossa lista de e-mail para receber as novidades em primeira mão. É só colocar o seu e-mail ali embaixo.

Para aprofundar no assunto, assista esse vídeo. Que aborda alguns temas que falei durante o texto e complementa com outros interessantes:

A narração é em inglês e está legendado em português. Caso esteja sem legenda, clique na engrenagem no canto inferior direito, vá em Subtitles e escolha o Português.

Referências:

  1. Newborn Infants’ Preference for Attractive Faces: The Role of Internal and External Facial Features - Alan Slater
  2. Mondrian original is simply picture perfect - Steve Connor
  3. Kids are more likely to trust attractive adults - British Psychological Society (BPS)
  4. Babies’ cuteness is key to their survival. What happens when they’re not that cute? - Brian Resnick
  5. Does It Pay to Be Smart, Attractive, or Confident (or All Three)? Relationships Among General Mental Ability, Physical Attractiveness, Core Self-Evaluations, and Income - Timothy A. Judge, Charlice Hurst, and Lauren S. Simon
  6. Facial attractiveness: evolutionary based research - Anthony C. Little
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