Você se considera um homem médio?
Em 30 segundos! Para reduzir a quantidade de acidentes, a força aérea americana precisou tornar a cabine de seus caças totalmente ajustável ao tamanho do piloto. Só o fizeram quando descobriram que: "O homem médio não existe". Apesar disso, infelizmente ainda consideramos a sua existência ao consumirmos roupas em tamanhos padrões como o P, M e G. Roupa sob medida é uma solução! Além do caimento perfeito, existem diversos motivos para você começar a usá-las: a roupa tem melhor qualidade, elas são mais confortáveis, têm maior mobilidade, você pode personalizar e participar de todo o processo, tornando-a única.
Claro que não. Ninguém gosta de ser mediano. Já viu alguém dizer com orgulho que tem inteligência, beleza e até mesmo altura mediana?!
Inclusive, a busca por não ser uma pessoa média, permeia as páginas do principal romance brasileiro: "Memórias Póstumas de Brás Cubas". No livro, o protagonista, Brás Cubas, narra a história da sua vida. Conta, carregado de amargor, como foi um ciclo frustrado em busca do sonho de grandeza. Mas que ao fim, não passou de uma vida mediana e esquecível, visto que nem filhos deixou no mundo.
Se por um lado fugimos de sermos medianos, por outro buscamos a todo custo encontrar uma fórmula média para resolver nossos problemas: xampu para todos os tipos de cabelos, objetos de tamanho único e um alimento mágico que cure todos nossos problemas.
Assim como na matemática, a média traz muitos benefícios e se encaixa em diversas situações. Mas se mal utilizada mascara muitos problemas.
Quando o governo americano descobriu que não existe "pessoa média"
Quando a aviação a jato estava florescendo, no fim da década de 40, a força aérea americana tinha um problema sério em mãos: os pilotos não conseguiam manter o controle dos seus aviões. No pior dia chegaram a ter 17 colisões. Durante as investigações constataram que o problema não era humano nem mecânico. Era o que então?
O problema era de design. Só chegaram a conclusão quando resolveram analisar a cabine do piloto. Em 1926, quando foram desenhar a primeira, os engenheiros mediram centenas de pilotos homens e usaram os dados para determinar o padrão de dimensões nas aeronaves. Durante as próximas 3 décadas esse mesmo padrão foi utilizado. Quando parou de funcionar a resposta era: os pilotos americanos mudaram de tamanho.
Em 1950, 4063 pilotos foram medidos em 140 dimensões diferentes. Até o tamanho do polegar era medido. Todos acreditavam que os acidentes diminuiriam com um novo cálculo de dimensões da cabine. Todos, menos um. Um engenheiro novo, o Tenente Gilbert S. Daniels, de 23 anos. Por isso, resolveu calcular quantos pilotos se encaixavam neste novo tamanho médio.
Gilbert separou as 10 principais dimensões para o design. Estabeleceu como critério para determinar o fit do piloto no tamanho médio uma margem de tolerância de 30% da variação de tamanhos. Ou seja, se a média de altura era 1,75m, todos pilotos entre 1,70m e 1,80m eram um bom encaixe. Os outros engenheiros esperavam um número considerável de pilotos se encaixando devido a alta tolerância estabelecida. Porém, até o Tenente Daniels se assustou ao calcular o número real.
Nenhum.
Dos 4 mil pilotos, nenhum encaixava no tamanho médio das 10 dimensões. O resultado ainda era pior do que parecia. Se você pegasse 3 dessas 10 dimensões, menos de 3,5% dos pilotos encaixariam em todas elas. O resultado era claro e incontroverso:
O "piloto médio" não existe!
Não existe o piloto médio, nem o homem médio!
Ao largar a ideia do piloto médio, a força aérea americana iniciou um salto quântico em sua filosofia de design. Centrado em um novo princípio: fit individual! Ao invés de encaixar o indivíduo ao sistema, começou a encaixar o sistema no indivíduo. Os novos projetos de cockpit melhoraram a performance dos pilotos, tornando os EUA a mais dominante força aérea do planeta.
A filosofia centrada no indivíduo ao invés da média foi replicada em todos os ramos militares dos Estados Unidos. Mas ainda hoje temos diversos sistemas que insistem em se formar em torno de um conceito irreal de "pessoa média". Por exemplo, nosso sistema de ensino, a dose dos medicamentos, objetos e nossas roupas. Todos estes ainda seguem a lógica de "one size fits all" (ao pé da letra: um tamanho para todos) ou, para ser mais preciso: "Alguns poucos tamanhos para todos".
"Qualquer sistema projetado em torno da pessoa média está fadado ao fracasso" - Todd Rose, autor do livro O fim do Médio (The end of the Average)
Ninguém morre por que uma calça está comprida demais
Realmente.
Pilotos voando em velocidade superiores a do som não podem se dar ao luxo de perder alguns segundos buscando um medidor ou alcançando um botão. Precisam ter tudo ao alcance das mãos e olhos. Meio segundo pode ser a diferença entre viver e morrer. Em contrapartida, nenhum homem em situação cotidiana morre por culpa de uma roupa que não está com o tamanho correto. É o mesmo caso da diferença prática entre intolerância e alergia alimentar.
Vamos pegar o leite, por exemplo. Você percebe que, toda vez que bebe leite, seu estômago dói e tem diarréia. O efeito é tão claro que, mesmo sem o exame, você já começa a cortar laticínios do seu dia a dia. Para desencargo de consciência, faz o exame e o resultado é o esperado: intolerância à lactose! Fosse alergia ao leite, muito provavelmente, a história seria diferente. Você um dia teria prisão de ventre, outro diarreia. Uma dorzinha de cabeça constante. Rinite sem motivo claro nenhum. Coceiras, refluxo, gases, inchaço, etc. Sintomas presentes em diversas outras condições. E como não são instantâneos, é muito mais fácil culpar o ácaro na sua casa pela sua rinite do que o leite que você bebe desde sempre e "nunca teve nada".
É a mesma coisa com suas roupas. Roupas com bom caimento te dão mais conforto, mobilidade e atratividade. Você inconscientemente se sente mais confiante. As pessoas ao seu redor ficam mais abertas, confiam mais em você e são mais predispostas a te ajudar. São resultados tão sutis e indiretos, que em uma entrevista de emprego que não deu certo, é mais fácil você achar que a culpa foi o humor do contratante e não a discordância entre o que você falava e a mensagem que passava visualmente.
Um bom caimento melhora sua qualidade de vida
Fazer um cockpit personalizado para cada piloto sairia muito caro e pouco prático, tornando inviável. Para solucionar o problema de tamanhos foram desenvolvidas várias tecnologias que encontramos hoje em dia nos carros, como pedais e assentos ajustáveis. O mesmo foi feito com os capacetes e equipamentos de voo.
Roupas que se ajustam a diversos corpos ainda não são uma realidade. Mas para somente um corpo sim. A principal opção são as roupas sob medida, porém, em alguns casos, é possível ajustar peças de prateleira e ter resultados razoáveis.
Por que não usar roupas sob medida
Convenhamos que nem toda peça precisa ser sob medida. Qual a necessidade de um pijama sob medida? Ou uma meia? Talvez uma graduação com mais opções já sirva para resolver eventuais problemas. O mesmo vale se o objetivo é usar uma peça grande, larga. Como no estilo oversized.
Existe também a possibilidade de ajuste. Você pode comprar uma peça de prateleira e levar a um alfaiate ou costureira de confiança que irá adaptar para o seu corpo. Mas não se engane, eles não resolvem tudo. O ajuste só funciona muito bem quando a mudança é mínima. Quando você tem praticamente o mesmo corpo da peça.
Raramente o problema é leve. Geralmente envolvem proporções da peça, que acarretam em uma remodelagem total. Podendo inclusive perder a característica de estilo principal do modelo comprado. De nada adianta você diminuir a perna de uma calça, mas o gancho (costura que vai do zíper até a parte de trás da cintura unindo as duas pernas) ficar muito baixo te limitando movimentos. E essa parte não é ajustável, não compensa. Várias são assim, como lapela de um blazer, gola de uma camisa social, etc.
Somado a isso, antes de decidir se dá para ajustar, você precisa analisar: o tempo que a peça ficará parada até você levar para corrigir, o custo, o tempo gasto indo e voltando da costureira, o risco de perder a peça e até mesmo se ela terá o maquinário necessário para fazer o serviço. Algumas máquinas chegam a custar 60 mil reais, muito improvável de encontrá-la em uma costureira de bairro. Por mais que ela te diga que é possível fazer o resultado não será o mesmo.
Dito isto, considerando as peças que tem benefício serem ajustadas ao seu corpo. Ainda assim, existem alguns motivos para você não optar pelo sob medida:
- Quando o preço é proibitivo
- São peças que serão pouco usadas, não compensando o gasto a mais
- São roupas da moda que entre 3-6 meses você não usará mais
- São peças usadas somente em momentos íntimos ou sozinhos
- Por sorte, o modelo padrão de determinada marca tem as proporções do seu corpo
Por que usar roupas sob medida
Quando pensamos nas peças sob medida, geralmente só nos vem à cabeça ternos e roupas nobres. Por isso acabamos ancorando como roupas caras. Até porque um bom terno sob medida não sai por menos que uns 5 mil reais. Mas não podemos limitar nosso entendimento somente a estas peças.
A moda, masculina principalmente, está passando por uma revolução. Estão surgindo as marcas Made to measure, que fazem bom uso da tecnologia para reinventar a moda sob medida. Fazendo roupas casuais a partir das suas medidas corporais por um preço equivalente às roupas de prateleira. Não tem por que não optar por elas. A Nióbio é uma das marcas no Brasil que está trazendo essa revolução, fazendo calças de sarja perfeitas para o seu corpo.
No geral, optar por peças sob medida só tem benefícios:
- O caimento é perfeito valorizando seu biotipo e te deixando mais atrativo
- A roupa dura mais já que a qualidade tende a ser superior
- Elas são mais confortáveis devido ao tecido e modelagem superiores
- Você tem mais mobilidade já que ela se ajusta melhor ao seu corpo
- Você pode personalizá-la, tornando uma expressão de individualidade e personalidade
- Você tem um envolvimento maior durante processo de fabricação, criando um elo emocional mais forte com a peça
- É uma peça que te desperta um sentimento de unicidade e confiança
"Me arrependo de sempre ter usado roupas sob medida" - nunca dito por alguém